Quando tinha mais ou menos uns dezessete anos mais ou menos eu tive a minha primeira ilusão e desilusão amorosa e a parti dai veio a “ fase poética” e ela entrou e nunca mais quis sair de meu corpo e alma nem que eu queira,mas ao invés de escrever por escrever eu escrevo para aliviar dores que remédio nenhum receitado por médicos especializados em curar doenças físicas. O meu remédio eu encontro nas palavras de poetas famosos,de poetas desconhecidos e até mesmo nas minhas palavras,que um dia ei de ser grande (Como a própria flor).E nisso que eu encontro meu final de tarde ensolarado minha visão poética de uma singela casa de madeira onde só mora uma velhinha esquecida pronta para receber seus netinhos esquecidos algum dia qualquer de chuva com o som da gaita magica de tempos efêmeros. Porém,minha dor é ainda maior,maior até que nos poemas citados,minha dor é não poder transpor tudo aquilo que quero,tudo aquilo que almejo,acho que não consigo ser totalmente eu,não ser aquela que eu sou e almejo ser. Só de insolências poesias eu não consigo viver,sinto que esse meu remédio está perdendo o efeito,bactérias acostumam-se com os seus remédios e acho que esse meu remédio não está fazendo tanto efeito como quando eu tinha meus dezessete anos ou mais e meu medo ainda é maior do que perde isso que ficou para sempre,como a doença incurável, meu grande receio,meu grande pesar será descobrir que não tenho mais nenhuma alternativa viável a não ser aquela que pode salvar a minha vida de viver nesse mundo sem poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário